segunda-feira, 8 de abril de 2013

O Homem Novo


O Homem Novo tem em Jesus de Nazaré a sua medida! Ama os seus gestos, dá importância às suas palavras e procura os seus critérios. Por isso se pergunta muitas vezes: “Nesta situação que estou a viver, como é que Jesus faria?!” 

O Homem Novo tem o Coração aberto à ação do Espírito Santo e não Lhe impõe nenhuma das suas certezas. Por isso está em permanente dinâmica de Conversão e Renascimento interior… 

O Homem Novo tem a Mente desperta para que a Palavra de Deus aconteça nele de maneira livre e nova. Por isso, a Palavra torna-se nele Sabedoria e Verdade… 

O Homem Novo sabe que ser pessoa é ser criador de si próprio à imagem e semelhança de Deus, colaborador do Espírito Santo na formação da sua própria consciência moldada pelo amor e instrumento de humanização para os irmãos…

O Homem Novo conhece e ama o Deus de Jesus Cristo como Amor Trinitário e vive com uma imensa gratidão o dom da Nova e Eterna Aliança pela qual a Família Humana foi assumida na Família Divina… 

O Homem Novo, configurado com Jesus e dinamizado pelo Espírito, chama a Deus-Pai seu “Abba”… 

O Homem Novo tem muitas atitudes parecidas com Jesus e revela nos seus gestos e palavras muita da sabedoria que Jesus colocava nas suas parábolas… 

O Homem Novo sabe perdoar sem ser preciso que se lhe peça desculpa, porque o seu perdão precede o arrependimento do outro… 

O Homem Novo ama de verdade, e por isso não se põe no centro das suas ações e decisões… 

O Homem Novo gosta de dizer “nós”… 

O Homem Novo é acolhedor e tolerante. Não julga as pessoas pela aparência nem lhes põe etiquetas ao fim de cinco minutos ou logo ao primeiro equívoco… 

O Homem Novo é sensato porque sabe discernir as situações que vive e por isso sabe quando deve falar e quando deve calar, quando deve agir e quando deve esperar… 

O Homem Novo não se deixa vergar sob nenhuma espécie de opressão ou domínio. Olha sempre nos olhos toda a gente! Por isso se debruça para ir ao encontro dos caídos, mas não se verga diante dos altivos e poderosos… 

O Homem Novo é livre, porque é capaz de entregar a Vida até as últimas consequências pelas causas em que acredita e pelas pessoas que ama… 

O Homem Novo é sereno, porque olha com Sabedoria o desenrolar da história e não se deixa iludir pela superficialidade das aparências nem pelos slogans gritados pelas multidões… 

O Homem Novo não se deixa escravizar pelas coisas que tem, nem por aquelas que quereria ter, porque já percebeu que o Essencial da Vida se constrói ao nível do Coração… 

O Homem Novo tem horizontes de Vida Eterna e Ressurreição. Acredita que a palavra definitiva da Vida pertence a Deus e, por isso, é uma Palavra de Ressurreição que ultrapassa a morte e transfigura a história… 

O Homem Novo acredita que nos construímos Humanos para sermos Divinizados… 

O Homem Novo acredita tudo isto, rejubila com tudo isto, celebra-o, aprofunda-o e partilha-o, mas não o impõe a ninguém… 

O Homem Novo é amável, ou seja, é uma pessoa digna de ser amada porque se torna fonte de Vida e riqueza para aqueles que com ele se encontram de Coração acolhedor… 

O Homem Novo é também provocador e sinal de contradição, porque vive a Verdade com uma coerência inquestionável e põe em causa muitos dos que o rodeiam e não vivem na Verdade… 

O Homem Novo faz-se acompanhar dos pobres e defende o direito dos oprimidos, porque acredita num mundo de diferentes. Como sempre, aqueles que acreditam são os únicos que o constroem, e esses chamam-se “Bem Aventurados”… 

O Homem Novo às vezes chora e sofre, quer por causa da compaixão com os seus irmãos, quer por causa da violência que os opressores às vezes exercem sobre ele. Mas nunca se resigna, porque sabe em quem tem assente a sua Esperança e enraizada a sua Vida… 

O Homem Novo é humilde. Por isso conhece perfeitamente as suas capacidades e reconhece serenamente que nem tudo depende apenas de si. Acredita nas suas capacidades, assume as limitações tranquilamente, faz a sua parte e trata todas as pessoas como iguais… 

O Homem Novo é audaz e pioneiro quando chega a hora de inventar o futuro porque acredita no sucesso dos seus esforços, na presença do Espírito Santo e na generosidade e verdade dos irmãos… 

O Homem Novo acaba sempre por ser mais forte…

 

 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

VIgília de Oração - Quaresma


A Vigília da passada sexta feira ficou gravada no coração de todos os que participaram, partilharam e deram testemunho. É por tudo isto que vale a pena continuar!

Cântico
Esta sede de Te encontrar em mim
De correr p´ra Ti, de estar junto de Ti
Guias pelos vales o decurso do meu rio
Única razão és Tu, único sustento, Tu
A minha vida existe porque existes Tu

Tudo gira à Tua volta em função e Ti
Não importa quando, onde e o porquê! (Bis)


Leitor 1 –  A Quaresma é um tempo em que somos convidados a fazer um esforço de conversão e transformação interior, através da oração, da reflexão, da partilha, voltando-nos apenas para o que é essencial.
Nestes 40 dias, queremos todos ter a oportunidade de nos encontrarmos com Cristo, que é DNA, pela ligação a Deus que  é Pai, e o nosso GPS, uma vez que é no encontro com Ele que descobrimos o caminho “certo”.

Cântico
Brilha a Tua luz no centro do meu ser
Dás sentido à vida que em mim nasceu
Tudo o que farei será somente amor
Único sustento Tu, a estrela polar Tu,
A minha vida existe porque existes Tu.

Tudo gira à Tua volta em função e Ti
Não importa quando, onde e o porquê! (Bis)

Leitura de Carta de São Paulo aos Romanos
“A palavra de Deus está perto de ti, na tua boca e no teu coração.” Esta é a fé que nós pregamos. Se confessares com a tua boca que Jesus é o Senhor e se acreditares no teu coração que Deus O ressuscitou dos mortos, serás salvo. Pois com o coração se acredita para obter a justiça e com a boca se professa a fé para alcançar a Salvação.”
Palavra do Senhor

Cântico
Senhor, sois o meu Deus
Desde a aurora vos busco
Em minh’alma suspiro por vós
Minh’alma tem sede de Vós
Como terra sem água!
Eu quero contemplar,
Vosso amor, vossa glória
Visitar vosso templo e cantar
Minh’alma tem sede de vós
Como terra sem……

Água
Vossa graça vale mais do que a vida
Água
A vida inteira não chega para vos bendizer
A vida inteira não chega
P’ra amar!


Do Evangelho de São Mateus

Naquele dia, Jesus saiu de casa e sentou-se à beira-mar.
A Ele juntou-se uma grande multidão.
Jesus falou-lhes de muitas coisas em parábolas…
O semeador saiu para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho: vieram as aves e comeram-nas.
Outras caíram em sítios cheios de pedras, onde não havia muita terra: logo brotaram, porque a terra era pouco profunda. Porém, logo que o Sol se ergueu, foram queimadas e, como não tinham raízes, secaram.
Outras caíram entre os espinhos: os espinhos cresceram e sufocaram-nas.
Outras caíram em boa terra e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; outras, trinta.
Aquele que tiver ouvidos, oiça!”

Cântico
Pai, eu Te adoro
Te ofereço a minha vida
Como eu Te amo

Jesus Cristo…
Espírito Santo…
Trindade Santa…

(Silêncio)

Porque é quaresma e porque o caminho é longo… Lançamos um desafio! Serão distribuídas umas pequenas folhas que, simbolicamente, representam pedras. As pedras do caminho que queremos percorrer. O desafio é simples: com uma pequena reflexão individual, pensemos no que nos preocupa, nos nossos desejos, nos nossos medos,…. Depois vamos escrever na nossa pedra: uma palavra, uma frase,… o que melhor representar o que queremos partilhar.

Cântico durante o momento em que se faz a reflexão individual
O Reino de Deus é um Reino de Paz, justiça e alegria!
Senhor, em nós vem abrir, as portas do Teu Reino!

Cântico
Perdoa, Senhor, o nosso dia
A ausência de gestos corajosos,
A fraqueza dos atos consentidos,
A vida dos momentos mal amados.

Perdoa o espaço que Te não demos
Perdoa porque não nos libertámos.
Perdoa as correntes que pusemos
Em Ti, Senhor, porque não ousámos.

Contudo, faz-nos sentir,
Perdoar é esquecer a antiga guerra.
E partindo, recomeçar de novo,
Como o Sol, que sempre beija a terra!


Oração de intercessão e louvor
Ubi caritas, et amor! Ubi caritas, Deus ibi est!

Que tenhamos, em cada momento, consciência de “limpar”, “arar”, “repousar” a “terra” da nossa mente e do nosso coração, para que as inúmeras sementes que Deus nos lança, germinem e dêem frutos.

Que Deus nos ajude a reconhecer, nos outros e nas circunstâncias, de forma inesperada, oportunidades de crescer na fé e no amor.

Nesta Quaresma, pedimos a Deus que nos ajude a amar os nossos inimigos, aproveitando este tempo para nos dedicarmosàs pessoas de quem não gostamos tanto.

Nesta Quaresma, pedimos-te força e coragem para não perdermos a humildade de pedir ajuda ao Pai para enfrentarmos as nossas “tempestades” com fé.
(Preces espontâneas, partilhas......)

Cântico
Sei Senhor, que na vida,
Nem sempre temos tudo, tudo dado!
Por isso, aqui estou,
Pronto para ser, ser ajudado.

Senhor, a Ti me entrego
Com todo o coração,
Eu nunca fui tão sincero,
Não sei mais o que fazer!
Sem ti, eu não sei viver,
Ouve a minha oração,
Senhor, dá-me a tua mão.

Sei senhor, que não posso
Ter tudo o que quero,
Ou que gosto.
Por isso, peço-Te a Ti
Que me leves sempre, sempre contigo.

Tantas vezes dizemos a oração que Jesus nos veio ensinar de uma forma mecânica, repetida e pobre, sem atendermos no sentido das suas palavras e na importância que tem para a nossa vida e para a nossa relação com os outros. É, antes de mais, a oração que nos caracteriza, que nos define e que permite afirmar, perante o mundo, quem somos. Hoje, vamos rezá-la. Rezá-la verdadeiramente, sentindo que é nossa e para nós. Sentindo que não estamos sós e que, com Cristo, seremos mais felizes se vivermos para os outros.

Pai nosso

Se o grão de trigo, não morrer na terra
É impossível que nasça fruto!
Aquele que dá, a sua vida aos outros
Terá sempre o Senhor! (Bis)

Felizes seremos nós na pobreza
Se em nossas mãos opera o amor de Deus!
Se nos abrirmos à esperança
Se trabalhar mos por fazer o bem!
Felizes seremos nós na humildade
Se como crianças soubermos viver
A terra será, a nossa herança…
A nossa herança!

Se o grão de trigo, não morrer na terra
É impossível que nasça fruto!
Aquele que dá, a sua vida aos outros
Terá sempre o Senhor! (Bis)



O Homem Velho
O Homem Velho é egoísta. Pensa sempre em si e no seu interesse, mesmo quando faz coisas boas. Se não lhe agradecem devidamente, sente-se ofendido...
O Homem Velho não sabe o que é a gratuidade porque procura sempre compensações e procura-se apenas a si próprio nas relações com os outros...
O Homem Velho não confia nas pessoas porque parte sempre do princípio  que elas o podem magoar ou pôr em causa. Por isso, assume muitas atitudes ríspidas e frias, que é uma maneira de manter as pessoas à distância...
O Homem Velho é violento porque está sempre a defender-se e a defender o seu espaço, as suas certezas, as suas opiniões e os seus privilégios...
O Homem Velho, apesar disto, é digno de pena, porque está sempre a vitamizar-se do “mal” que o mundo inteiro arquitecta contra ele. Sente-se sempre vítima da sua história injusta e das pessoas que o rodeiam e só lhe fazem mal...
O Homem Velho não sabe perdoar, porque isso implica amar com o Coração inteiro. Às vezes consegue “desculpar” algumas coisas, mas guarda tudo num “baú escondido” da sua mente e usa isso como arma de arremesso em alturas de tensão ou confronto...”
O Homem Velho é uma pessoa azeda porque não é capaz de olhar nada com optimismo nem ninguém com Confiança....
O Homem Velho é injusto, porque está sempre a exigir dos outros aquilo que não lhes dá e a implorar da Vida aquilo que ele se recusa a construir, por medo ou por preguiça...
O Homem Velho é mesquinho, porque tem uma dificuldade enorme em olhar à sua volta, perceber as necessidades dos outros, interpretar os seus sentimentos ou corresponder aos seus desejos. Quando, às vezes, se dá conta disso, opta por baixar a cabeça, colocar as mãos nos bolsos e seguir adiante, porque se sente incomodado...
O Homem Velho adora dizer “Não é nada comigo!”, mesmo quando está em causa o bem dos irmãos, mas passado um bocado já se está a queixar que as coisas estão todas mal porque ninguém faz nada.
O Homem Velho diz “ Eu estou bem!” quando consegue chegar à total indiferença e reduzir o mundo ao tamanho do seu casulo....
O Homem Velho é escravo de mil coisas sem o saber! Não é capaz de comprometer a Vida por nada, não tem causas que o apaixonem nem motivos que o façam correr em direcção a nada. Sempre que o Homem Velho corre é para fugir de alguma coisa...
O Homem Velho vive assustado porque, no fundo, a solidão acaba sempre por doer e o egoísmo, quando o apanha sozinho e desprotegido, atira-lhe à cara que assim nunca chegará a ser feliz...
O Homem Velho não é criativo, porque não acredita no futuro nem acredita que aquilo que faz possa ser importante para alguém. Tem medo do que é novo e, sobretudo, tem medo de fracassar....
O Homem Velho não gosta do evangelho de Jesus, porque não conhece nada mais perigoso e comprometedor do que isso. Não gosta de Jesus de Nazaré porque o centro do seu Evangelho é a construção do Reino de Deus, que tem a ver com a emergência da justiça e da igualdade pelo caminho do amor fraterno e do perdão recíproco. O Homem Velho prefere o outro “Jesus” aquele “Senhor lá do alto do céu” ao qual é possível “amar” sem que seja preciso amar mais ninguém...ao qual é possível “prestar culto” sem ser preciso servir mais ninguém...
O Homem Velho não gosta de Deus, de Jesus, Aquele que em Si próprio é Comunhão Amorosa Familiar. Prefere o “deus todo-poderoso” que, tal como ele, também não confia em ninguém nem ama de verdade mas apenas se mantém à distância e julga...
O Homem Velho não gosta nada que lhe falem da igreja como Comunidade, porque isso é uma enorme perda de tempo e, sobretudo, uma fonte de sofrimento, porque a Comunidade põe em causa a sua maneira de estar, de acreditar e de rezar...
O Homem Velho não é feliz...E continuará a não ser enquanto perder o tempo a culpar os outros disso. É uma das manhas do egoísmo, esta de querer que tudo e todos mudem para que nós sejamos diferentes....
O Homem Velho não está aberto ao Espírito Santo porque não está aberto aos irmãos! A Palavra de Deus não acontece no seu íntimo porque está fechado às meditações
O Homem Velho tem os dias contados...


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Porque é quaresma

O Homem Velho

O Homem Velho é egoísta. Pensa sempre em si e no seu interesse, mesmo quando faz coisas boas. Se não lhe agradecem devidamente, sente-se ofendido...
O Homem Velho não sabe o que é a gratuidade porque procura sempre compensações e procura-se apenas a si próprio nas relações com os outros...
O Homem Velho não confia nas pessoas porque parte sempre do princípio  que elas o podem magoar ou pôr em causa. Por isso, assume muitas atitudes ríspidas e frias, que é uma maneira de manter as pessoas à distância...
O Homem Velho é violento porque está sempre a defender-se e a defender o seu espaço, as suas certezas, as suas opiniões e os seus privilégios...
O Homem Velho, apesar disto, é digno de pena, porque está sempre a vitamizar-se do “mal” que o mundo inteiro arquitecta contra ele. Sente-se sempre vítima da sua história injusta e das pessoas que o rodeiam e só lhe fazem mal...
O Homem Velho não sabe perdoar, porque isso implica amar com o Coração inteiro. Às vezes consegue “desculpar” algumas coisas, mas guarda tudo num “baú escondido” da sua mente e usa isso como arma de arremesso em alturas de tensão ou confronto...”
O Homem Velho é uma pessoa azeda porque não é capaz de olhar nada com optimismo nem ninguém com Confiança....
O Homem Velho é injusto, porque está sempre a exigir dos outros aquilo que não lhes dá e a implorar da Vida aquilo que ele se recusa a construir, por medo ou por preguiça...
O Homem Velho é mesquinho, porque tem uma dificuldade enorme em olhar à sua volta, perceber as necessidades dos outros, interpretar os seus sentimentos ou corresponder aos seus desejos. Quando, às vezes, se dá conta disso, opta por baixar a cabeça, colocar as mãos nos bolsos e seguir adiante, porque se sente incomodado...
O Homem Velho adora dizer “Não é nada comigo!”, mesmo quando está em causa o bem dos irmãos, mas passado um bocado já se está a queixar que as coisas estão todas mal porque ninguém faz nada.
O Homem Velho diz “ Eu estou bem!” quando consegue chegar à total indiferença e reduzir o mundo ao tamanho do seu casulo....
O Homem Velho é escravo de mil coisas sem o saber! Não é capaz de comprometer a Vida por nada, não tem causas que o apaixonem nem motivos que o façam correr em direcção a nada. Sempre que o Homem Velho corre é para fugir de alguma coisa...
O Homem Velho vive assustado porque, no fundo, a solidão acaba sempre por doer e o egoísmo, quando o apanha sozinho e desprotegido, atira-lhe à cara que assim nunca chegará a ser feliz...
O Homem Velho não é criativo, porque não acredita no futuro nem acredita que aquilo que faz possa ser importante para alguém. Tem medo do que é novo e, sobretudo, tem medo de fracassar....
O Homem Velho não gosta do evangelho de Jesus, porque não conhece nada mais perigoso e comprometedor do que isso. Não gosta de Jesus de Nazaré porque o centro do seu Evangelho é a construção do Reino de Deus, que tem a ver com a emergência da justiça e da igualdade pelo caminho do amor fraterno e do perdão recíproco. O Homem Velho prefere o outro “Jesus” aquele “Senhor lá do alto do céu” ao qual é possível “amar” sem que seja preciso amar mais ninguém...ao qual é possível “prestar culto” sem ser preciso servir mais ninguém...
O Homem Velho não gosta de Deus, de Jesus, Aquele que em Si próprio é Comunhão Amorosa Familiar. Prefere o “deus todo-poderoso” que, tal como ele, também não confia em ninguém nem ama de verdade mas apenas se mantém à distância e julga...
O Homem Velho não gosta nada que lhe falem da igreja como Comunidade, porque isso é uma enorme perda de tempo e, sobretudo, uma fonte de sofrimento, porque a Comunidade põe em causa a sua maneira de estar, de acreditar e de rezar...
O Homem Velho não é feliz...E continuará a não ser enquanto perder o tempo a culpar os outros disso. É uma das manhas do egoísmo, esta de querer que tudo e todos mudem para que nós sejamos diferentes....
O Homem Velho não está aberto ao Espírito Santo porque não está aberto aos irmãos! A Palavra de Deus não acontece no seu íntimo porque está fechado às meditações
O Homem Velho tem os dias contados...

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Oração


Ser a luz do mundo (cf. Mt 5,14)
Pode acontecer que eu seja incapaz de manter a minha atenção completamente fixa em Deus enquanto trabalho — mas Deus não exige isso de mim. Contudo, posso perfeitamente desejar e projectar fazer o meu trabalho com Jesus e para Jesus. E isso é uma coisa muito bonita e é isso que Deus quer. Quer que a nossa vontade e o nosso desejo se dirijam para Ele, para a nossa família, os nossos filhos, os nossos irmãos e os pobres.


Cada um de nós continua a ser apenas um pequeno instrumento. Se observarmos os componentes dum aparelho eléctrico, veremos um emaranhado de fios, grandes e pequenos, novos e velhos, caros e baratos. Se a corrente não passar por eles, não pode haver luz. Esses fios és tu e sou eu. A corrente é Deus. Nós temos o poder de deixar passar a corrente através de nós, de deixar que ela nos utilize, de deixar que ela produza a luz do mundo — ou de nos recusarmos a ser utilizados, deixando que as trevas alastrem.

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997),
 fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Uma oração....

Adora e confia

Não te Inquietes com as dificuldades da vida 
Pelos seus altos e baixos, pelas suas decepções, 
Pelos seus imprevistos mais ou menos sombrios. 
Quer o que Deus quer.
Pouco Importa que te consideres um frustrado

Se Deus te considera plenamente realizado, a Seu gosto. Perde-te confiado cegamente neste Deus que te quer para si,
E que chegará até ti, ainda que jamais O vejas.
Pensa que estás nas Suas os, Tanto mais fortementeacolhido,
Quanto mais caído e triste te encontres.

Vive feliz. Suplico-te.

Vive em paz. Que nada te altere.

Que nada seja capaz de te tirar a tua paz.

Nem a fadiga psíquica, nem as tuas falhas morais.
Faz com que brote, e conservasempre no teu rosto,
Um doce sorriso, reflexo daquele que o Senhor continuamente te dirige.
E no fundo da tua alma coloca, antes de mais nada,
Como fonte de alegria e critério de verdade,
Tudo aquilo que te encha da paz de Deus. Recorda: tudo o que reprima e inquiete, é falso.
Asseguro-te que assim é, em nome das leis da vida e das promessas de Deus. Por isso, quando te sentires desanimado, triste, adora e confia...


Pe. Teilhard de Chardin, sj

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Uma oração por dia, não sabe o bem que lhe fazia!





"Deus não pode fazer nada com o nosso saber e as nossas obras se ele não tiver o nosso coração!"



P.e Leão João Dehon (1843-1925)

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Vale a pena pensar nisto....

Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital.
Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões. A sua cama estava junto da única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas.
Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres, famílias, das suas casas, dos seus empregos, dos seus passatempos, onde tinham passado as férias... E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto todas as coisas que conseguia ver do lado de fora da janela.
O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a actividade e cor do mundo do lado de fora da janela.
A janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de mãos dadas por entre as flores de todas as cores do arco-íris. Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem e uma tênue vista da silhueta da cidade podia ser vista no horizonte. E enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava a pitoresca cena.
Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar, embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda. Mas conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de palavras bastante descritivas.
Dias e semanas passaram...
Uma manhã , a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia. Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo.
Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca. Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto.
Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela, que dava, afinal, para... uma parede de tijolo!
O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela. A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. "Talvez ele quisesse apenas dar-lhe ncoragem...".


Moral da História: Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas. A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando partilhada, é dobrada. Se te queres sentir rico, conta todas as coisas que tens que o dinheiro não pode comprar. "O dia de hoje é uma dádiva, por isso é que o chamam de presente."